sábado, 26 de março de 2011

o hábito que me veste a mudança

Mudei os móveis de lugar
Os quadros migraram de paredes
As cores são outras
E com elas as vistas das janelas
De cá avisto o horizonte
Plano, verde, distante.
Ah, a rua também é outra
Mudei de endereço
Mudei, portanto, o lugar de onde vejo
Aqui só entra quem eu quero

Também há portões que me libertam
De todos eles tenho as chaves
Se eu quiser eu fico
Se eu quiser eu saio
E quanto ao "quando", menina,
sou eu e ninguém mais quem determina