segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Não mais quero estandartes

E aquele estandarte de amor promissor
pouco a pouco desbotou, perdeu a cor
Desconfortável e impróprio às minhas medidas
dele me despeço e me ponho nua

De um ponto não fixo, mas estável
modifico o que fui
dou adeus a um futuro vivenciado
Um futuro passado

Me defendo dos desenganos
me resguardo de alguns medos
Me fortifico e me liberto de alguns danos

O incerto hoje me agrada,
pois a certeza de antes pouco a pouco me desfigurava
agarrada que estava ao meu futuro prefigurado

Minha nudez hoje compartilhada
me aponta outras possibilidades
não mais quero estandartes

Quero mesmo esta outra parte
a quem ofereço com a mais tenra verdade
essa minha mais nova condição de liberdade

2 comentários:

  1. nem preciso dizer o quanto gostei deste,né? fora os estandartes! venha a outra parte!
    bjooo

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  2. que venha!!! essa nova condição de liberdade...

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