terça-feira, 18 de janeiro de 2011

seu olho é um oceano de contos

o mar quente da Bahia
entre tantos enredos e idioletos
crônicas, estórias e sonetos
entre tantas vidas, idas e vindas
entre todos os cantos desbravados

entre sonhos despidos de unicidade
de verdades e universos cravados
entre tantos desejos e vislumbres,
permeados de certezas desfeitas

entre-lugares e sujeitos errantes
prosas e narrativas selvagens
entre as inconstânicas da alma
e realidades multiversais

entre tudo o que há de possibilidades
entre expectativas e saudades
entre todas as fendas da armadura
entre todos os cômodos


entro sem bater, nado sem salvaguardas,
pois seu olho é um oceano de contos

2 comentários:

  1. entre as intermitências do silêncio e da fala
    a distância resiste forçosamente
    a saudade persiste sem esforços
    e a lembrança insiste em permanecer latente.

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